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  • Author: kuririn
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  • Dr. Narciso Gomes "O Pai dos Pobres"





    Para começarmos bem a Inauguração desse Blog, nada melhor doque uma Historia envolvendo o célebre Dr. Narciso Gomes (1857-1923). Fatos esses de procedencia veridica acontecida na minha Cidade Natal, Araras uma cidade á 170 Km da capital São Paulo, fundada em 15 de agosto de 1862, com cerca de mais de 118.898 Habitantes.
    O que me inspirou para falar um puco desse acontecimento foi o seguinte Post que encontrei na internet :
    Quando nasci, tive que ficar na maternidade um período, e minha mãe ficou no quarto durante a noite, com febre por causa de uma infecção. Um médico, vestido á caráter com roupas de época entrou no quarto de minha mãe, verificou a planilha de medicação, verificou se minha mãe estava bem, sua febre, e perguntou se o nome do menino era o nome do avô dele, e minha mãe respondeu que sim, que iria ser o nome do avô. Passadas algumas horas, uma enfermeira apareceu, e minha mãe falou do médico para ela... E ela se surpreendeu, pois não havia médico algum na maternidade naquela noite, e simplesmente ninguém sabe quem é este médico... Minha mãe até hoje, diz que é o fantasma do Dr. Narciso Gomes, o médico dos pobres da cidade de Araras SP, e que ao passar pelo quarto de minha mãe, ela começou a reagir ás medicações e a infecção desapareceu. Esta é uma pequena história do fantasma do Hospital São Luiz de Araras.

    Hospital São Luiz na época

    Hospital São Luiz Dias de Hoje.

    Décadas depois, o escritor Emilio Wolff publicou-a em um livro biográfico e, mais recentemente, o professor Adilson Costa Oliveira transformou-a numa história em quadrinhos.
    Essa história narra uma curiosa passagem envolvendo esse famoso médico, uma história de cunho sobrenatural, mas que o espiritismo explica normalmente, em que ele, mesmo depois de morto, fora atender um paciente na zona rural da cidade. O ocorrido se deu em Araras, cidade do interior de São Paulo, sendo considerado fato histórico na cidade. Foi no distante 24 de agosto de 1923, data de falecimento do médico.
    ARCISO, VESTIDO DE BRANCO
    por Cardoso Silva
    Terça feira chuvosa. Ruas velhas borradas de lama. E uma espécie de fúnebre pregão reboando em todos, os cantos da velha Araras
    – Doutor Narciso morreu!...
    há embaixo, na rua Tiradentes, na casa que ficava quase à esquina, junto da desaparecida Farmácia Auro­ra (onde hoje é loja de calçados) foram chegando as pessoas amigas, os políticos, o povo, enfim, que levava uma lágrima sentida ao cadáver do pai dos pobres na e mais tocante das homenagens silenciosas!...
    A cidade ficou soturna. Um movimento lento levava as criaturas para o esquife de Narciso Gomes. Feriado local. Luto nas almas companheiras do homem de grande caráter. Do médico de confirmada sabedoria. E a noticia se espalhando, cada vez mais:
    – Doutor Narciso morreu!...
    Naquela tarde o chouto surdo dos pés acompanhantes levariam o cadáver do político honesto em caixão pranteado para a Necrópole Municipal. A chuva continuava. Dir-se-ia, que também, chorava a natureza sincera da Araras que já aconteceu!
    * * *
    Chuva cai. Lama vermelha nos caminhos molhados. Uma casa de caboclo. Uma enferma, esquálida, muito pálida, sobre cama humilde. Arqueja. Arfa. Pneumonia dupla. Uma cliente do dr. Narciso Gomes. O marido – um caboclo magro e forte – nervoso. Percebe a febre dominando a pobre esposa. E pensa:
    – Chove muito. Ele não virá.
    A doente geme. O marido sofre. Derrepente, panca­das secas na porta de velhas tábuas. O caboclo atende. Ë o médico que chega. O dr. Narciso, em pessoa. E co­mo sempre:- todo vestido de branco. Terno de linho branco. Sapatos brancos, de praia. Meias brancas. Gravata branca numa camisa branca de duro colarinho branco. E – curioso! – cabelos brancos. Entra. Cumprimenta cordial, afável. Como sempre. E atira a clássica pergunta:
    – Como vai a nossa doente ?
    Vão ao quarto. A alegria do caboclo é tanta que nem repara que ainda está chovendo muito, lá fora, mas, que o querido médico não está molhado. Que seus pés não trouxeram barro do caminho. Que não havia, sequer, um cabriolé à porta. O caboclo nem se lembra de perguntar sobre a maneira pela qual dr. Narciso ali chega­ra. O médico examina sua paciente. Sorri e afirma:
    – Você, compadre, ainda hoje mande aviar es­ta receita que vou dar. Não precisarei vir mais, entende? Sua mulher está salva. Basta que tome, direitinho, o re­médio que receito.
    – Sim, senhor, doutor. Ainda hoje...
    E, após ter feito a receita, assina e data. Depois, num sorriso paterno, carinhoso, despede-se da sua cliente. E o caboclo:
    – Quando é que volta, doutor?
    – Não sei – suspirou dr. Narciso.
    E vendo que o médico se afastava do quarto, o caboclo:
    – Já se vai? Não quer que lhe acompanhe?
    – Não – foi a resposta. Para onde vou, preciso ir sozinho.
    E a um gesto seu fez com que o marido ficasse junto da doente. E saiu. O caboclo escutou quando a porta se abriu e o ruído foi acompanhado pelo ribombo de um trovão mais forte. A chuva continuava cair...


    A mesma tarde de chuva. O caboclo entra em Araras e percebe o ar de tristeza que envolvia a cidade to­da. Ruma, direitinho, para a Farmácia Aurora. Encontra-a fechada. O caboclo pensa que é feriado nacional. Bate ao portãozinho, de lado. A senhora do farmacêutico atende e o caboclo, molhado de chuva:
    – Tarde! Vim mode aviar uma receita!
    – Meu marido não está. Foi ao cemitério, no enterro... O senhor, se quiser, pode entrar e esperar na farmácia. Não há-de ficar sob a chuva!
    – Brigado, eu espero!

    Na foto, a Farmácia Alemã, de Paulo Kuhlmann, 1914 (atual Sapataria Buzolin), onde se deu o corrido.
    E esperou. Sentado num banco característico da conhecida botica da cidade velha. Veio o farmacêutico. Saudou o freguês, num sorriso. Mas, o caboclo notou tristeza no rosto amigo do simpático farmacêutico. Explicou, ao que vinha, O espanto foi natural:
    – Mas, o senhor está certo do que diz? Isso foi hoje?
    – Sim, senhor. Hoje... ali pelas duas horas. De­pois que ele saiu tomei do cavalo e vim depressa por­que ainda hoje devo começar a dar o remédio p’ra mulher!
    O farmacêutico não aguentou mais:
    Não posso crer! Nessa hora estávamos fazendo sentinela ao cadáver do dr. Narciso Gomes e ele, de fato, estava inteiramente vestido de branco.., até os sa­patos! Se estou chegando do cemitério agora mesmo! Se estou vindo do enterro dele...
    É justo! O caboclo empalideceu. Começou a suar frio. Tomou novo alento e estendeu a receita. Ali estava a assinatura autêntica do dr. Narciso Gomes. Ali estava a data assinalada.
    Mesmo depois de morto, dr. Narciso, vestido de branco, fora socorrer mais um dos seus pobres. O cabo­do estava lívido. E o farmacêutico desmaiou.
    S. Paulo - junho de 1953
    O Post ficou um pouco grande, porém espero que tenham gostado Abraço Pessoal até oproximo

    1 comentários

    Anônimo disse...

    Companheiro;
    Sinto informá-lo que voce se equivocou em algumas informações sobre Araras e sobre o Dr. Luiz Narciso Gomes

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